Saúde alerta para vigilância e imunização contra febre amarela
Da redação Paulo do Vale com informações Agência Brasil
Após
o registro de dois novos casos de febre amarela na região de divisa entre São
Paulo e Minas Gerais, o Ministério da Saúde emitiu um alerta pedindo que
estados e municípios comuniquem casos suspeitos da doença com a maior agilidade
possível – sobretudo em áreas onde há transmissão ativa do vírus.
Em nota, a pasta destacou que a agilidade é importante para que futuros surtos
de febre amarela no país sejam evitados e para que ações de resposta sejam
prontamente executadas caso haja necessidade.
O comunicado ressalta que a doença é facilmente evitável por meio de vacina,
disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades. A cobertura
vacinal contra a febre amarela no Brasil, entretanto, está abaixo do
recomendado.
Casos
Nos últimos seis meses, quatro casos foram registrados no país – um em Roraima,
um no Amazonas e dois em São Paulo. Desse total, três pacientes morreram.
Os dois casos mais recentes foram identificados em um homem de 50 anos, morador
da região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, que morreu; e em outro, de 28
anos, no município de Serra Grande, que já está curado.
Áreas endêmicas
De acordo com o ministério, a febre amarela é classificada como endêmica apenas
na região amazônica, mas, de tempos em tempos, o vírus reaparece em outras
áreas. A maior parte dos casos ocorre entre dezembro e maio.
“Surtos ocorrem quando o vírus encontra condições favoráveis para a
transmissão, como altas temperaturas, baixas coberturas vacinais e alta
densidade de vetores e hospedeiros”, destacou a pasta.
A partir de 2014, o vírus reemergiu na Região Centro-Oeste e se espalhou, nos
anos seguintes, para as demais regiões do país. Entre 2014 e 2023, foram
registrados 2.304 casos de febre amarela em humanos e 790 mortes pela doença.
Recomendações
Entre as recomendações do ministério estão o alerta para que equipes de
vigilância e de imunização intensifiquem as ações nas áreas afetadas, com
ampliação para municípios vizinhos; a notificação do adoecimento ou morte de
macacos; e a atenção a sintomas de febre leve e moderada em pessoas não
vacinadas.
Vacinação
A pasta recomenda ainda que seja utilizada a estratégia da busca ativa de
pessoas não vacinadas nas regiões de ocorrência de casos. Na última
sexta-feira, 150 mil doses extras da vacina contra febre amarela foram
disponibilizadas ao estado de São Paulo.
“Também foi feita a recomendação para o livre acesso à vacina nas unidades de
saúde, sem a necessidade de agendamento prévio”, informou a nota. “Em mensagem
enviada aos estados e municípios, o Ministério da Saúde também coloca à
disposição equipes de apoio a investigação epidemiológica dos casos.”
Imagem:
Flávia Villela / Agência Brasil
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