Eleições municipais: mulheres são só 2 em cada 10 pré-candidatos nas capitais do país
Da redação Paulo do Vale
As movimentações para as eleições municipais, que ocorrem
em outubro, já começaram e, ao que tudo indica, as mulheres continuarão sendo
minoria entre os candidatos.
Um levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo
identificou pelo menos 172 pré-candidatos que devem concorrer à prefeitura nas
capitais dos 26 estados. Desses, apenas 37 são mulheres, ou 2 em cada 10.
Vale lembrar que há percentuais mínimos para a candidatura
de mulheres.
De acordo com a legislação eleitoral em vigor, os partidos
precisam lançar pelo menos 30% de candidatas mulheres nas chapas proporcionais,
além de destinar o mesmo percentual do fundo eleitoral para o custeio de gastos
de candidaturas femininas
Mas, como há brechas na legislação, a regra acaba sendo
burlada. As siglas conseguem, por exemplo, destinar recursos da cota de gênero
para chapas com mulheres na posição de vice.
Além disso, há casos em que candidatas mulheres são lançadas
apenas para cumprir a cota, sem uma campanha efetiva, o que é conhecido como
candidatura "laranja".
O TSE penaliza os partidos quando esse tipo de fraude é
constatado e, inclusive, esse ano endureceu as regras para evitar que isso
aconteça;
Nas eleições deste ano, pela primeira vez, será
automaticamente considerada fraudulenta a candidatura feminina com votação
zerada ou pífia, independentemente das alegações do partido para a baixa
votação.
Também será considerada laranja a candidatura com prestação
de contas idêntica a uma outra, ou que não promova atos de campanha em
benefício próprio.
Imagem: Justiça Eleitoral
Rádio2
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