Sete em cada dez bancos adotam biometria facial
Da redação Paulo do Vale com informações Agência Brasil
Sete em cada dez bancos brasileiros (75%) utilizam
atualmente a biometria facial na identificação de seus clientes. O dado está na
primeira fase da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela
Deloitte Consultoria.
Ao todo, 24 bancos responderam os questionários elaborados
e aplicados entre novembro de 2023 e março deste ano. As instituições que
participaram da amostragem correspondem a 81% das que atuam no país. Além
disso, 27 executivos do segmento concederam entrevistas à equipe da Deloitte.
Após concluir o levantamento, a organização destacou o
reconhecimento facial como uma das tecnologias mais adotadas pelas instituições
financeiras no país. O chatbot, que simula um bate-papo com os correntistas,
geralmente com o objetivo de esclarecer dúvidas e orientá-los, existe quase na
mesma proporção da biometria, 71%.
Em seguida, aparecem na lista a RPA (67%), tecnologia que
automatiza processos repetitivos, facilitando aqueles que são feitos de modo
massivo; a Inteligência Artificial (IA) Generativa (54%), capaz de criar conteúdo
e códigos a partir de um repertório já existente e que é um recurso amplamente
usado para melhorar a relação com os clientes no atendimento; e a Inteligência
Cognitiva (25%), que imita o comportamento e o raciocínio humanos para
solucionar questões. A pesquisa indica ainda que a IA já foi incorporada por
mais da metade (54%) dos bancos.
Os representantes das instituições financeiras declararam
que pretendem priorizar medidas de experiência do cliente (83%), inovações
tecnológicas (71%), personalização de produtos e serviços (63%), segurança e
privacidade de ponta (58%), responsabilidade social e sustentabilidade (54%),
além de ofertas integradas de ecossistema (54%). De maneira unânime, os bancos
entendem que a segurança cibernética é aspecto que merece atenção.
Em 2023, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) fez
pelo menos três alertas quanto ao uso de reconhecimento facial, em situações
diferentes: no transporte público, por planos de saúde e em condomínios. O que
questiona é o limite, muitas vezes ultrapassado pelas empresas, frente à Lei
Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e à legislação que concerne aos
direitos dos consumidores. No caso do transporte público, o Idec descobriu que
a empresa que prestava o serviço usou dados biométricos dos passageiros para
fazer publicidade, por exemplo.
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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